Lipedema: o que é e como tratar a doença confundida com obesidade

  • 17/07/2025
(Foto: Reprodução)
Estágios 1, 2, 3 e 4 do lipedema, doença que atinge 20% das mulheres ao redor do mundo, segundo médica de Jundiaí (SP) And Yara Gelmini/Arquivo pessoal Mesmo com dietas restritivas, rotina de treino, consultas com profissionais, entre outras horas dedicadas ao autocuidado, se olhar no espelho e não ver mudanças significativas no corpo é uma realidade difícil para muitas pessoas diagnosticadas com lipedema. A doença sem cura atinge até 20% das mulheres no mundo, segundo médica. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp A médica radiologista And Yara Gelmini, pós-graduada em nutrologia e medicina funcional integrativa de Jundiaí, interior de São Paulo, explicou ao g1 que a gordura do lipedema pode ser facilmente confundida com outras doenças como a obesidade, devido ao caráter desproporcional causado no físico dos pacientes. No entanto, existem alguns pontos de extrema relevância para diferenciar as doenças. O lipedema é uma doença crônica, inflamatória e progressiva que afeta, majoritariamente, o público feminino em quatro estágios de intensidade. A doença é caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em determinadas partes do corpo, como nas coxas, pernas, quadris e, em alguns casos, nos braços, conforme a especialista. And Yara Gelmini, de Jundiaí (SP), é uma médica radiologista, pós-graduada em nutrologia e medicina funcional integrativa Arquivo pessoal "Os principais sintomas e sua intensidade geralmente variam de acordo com os estágios da doença. Nos estágios iniciais, geralmente as pacientes se queixam mais de desconforto nas pernas e do acúmulo do que acham ser 'celulite' que não possuíam. Já nos estágios mais avançados há dor com frequência, hematomas, sensação de peso ou formigamento nas pernas e o acúmulo maior desse tecido adiposo nas regiões acometidas", explicou a médica. Além do desconforto mencionado por And Yara, o lipedema também torna a região afetada sensível ao toque, podendo formar hematomas e inchaços com frequência. Apesar disso, a condição poupa a região do tronco, sendo uma das características que a diferenciam da obesidade. Pessoas com lipedema também não respondem bem à dietas os exercícios físicos, atividades que podem ser uma forma de combater a obesidade, conforme a especialista. Além disso, de acordo com a médica, a obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura por todo o corpo e não apenas nos membros inferiores e superiores. Mulher mostra braços afetados pelo lipedema ONG Movimento Lipedema/Reprodução Doença não tem cura A médica também destacou que o lipedema não tem cura. Porém, pode ser tratado, além de ter soluções cirúrgicas. "Tem controle e regressão dos estágios quando essa paciente está fazendo o tratamento multidisciplinar adequado e de forma individual para ela. O tratamento exige acompanhamento com uma nutricionista que tenha formação no assunto, exercícios físicos regulares e específicos para o estágio da paciente, além de ajustes hormonais, pois trata-se de uma doença com desordens hormonais específicas e adequação de suplementação", disse. Os tratamentos podem ser feitos de diversas formas, mas também são de alto custo, afinal, precisam atender especificamente os estágios e necessidades pessoais de cada paciente. Segundo And Yara, a doença é muito comum e atinge até 20% da população feminina mundial. Porém, este número pode ser maior, pois muitas pacientes têm diagnósticos tardios, descobrindo a doença depois de passar por mais de seis profissionais diferentes. "A doença [lipedema] também podem atingir os homens, mas ainda é muito discutida essa relação dos pilares do lipedema no sexo masculino. Novas atualizações vem por aí esse ano, em um congresso mundial de Lipedema que vai acontecer em Roma", contou And Yara. Lipedema atinge entre 10% e 18% das mulheres no mundo e não tem cura Fantástico/ Reprodução 'O que tem de errado comigo?' A veterinária Giovanna Del Cistia, de 29 anos, é de Sorocaba (SP), e recebeu o diagnóstico de lipedema há pouco mais de um ano. Segundo ela, o acúmulo de gordura que tem nas pernas sempre foi um mistério, pois tem uma alimentação saudável e sempre praticou exercícios físicos. "Eu já ouvia falar da doença um tempo antes do diagnóstico e me identificava muito. Quando eu decidi pesquisar mais a fundo, eu vi que eu tinha tudo para ser uma paciente de lipedema e aí fui na endócrino e confirmei isso. Eu achava que poderia ser apenas excesso de peso ou uma dificuldade, talvez genética, de perder gordura nas pernas", disse. No estágio de Giovanna, a condição dela não permite um tratamento sem cirurgia e por isso, vai fazer o procedimento daqui um um mês e meio. Giovanna Del Cistia, veterinária de Sorocaba (SP), vai fazer uma cirurgia para remover a gordura inflamada por lipedema Arquivo pessoal "Tratamentos sem a cirurgia podem minimizar alguns inchaços, dores, mas não resolvem o problema por completo", disse. "Mexia muito mesmo com a minha autoestima, né? Acho que terapia é muito importante, mas porque eu achava que era uma questão comigo. Eu me esforçava e não conseguia emagrecer, sempre fui uma pessoa muito ativa então ficava pensando: 'o que tem de errado comigo?' as outras pessoas se esforçam e conseguem perder peso e eu não consigo. Na verdade é uma doença de fato, né?" finalizou. A nutricionista Ana Julia Trujillo, de 39 anos, moradora de Jundiaí, recebeu o mesmo diagnóstico que Giovanna há dois anos. Segundo ela, alguns dos problemas que enfrentou por ter lipedema foi ter que lidar com a insatisfação física e a dificuldade para calçar botas. “Achava que era um misto de celulite, flacidez e gordura localizada, porque sempre tive as pernas e quadris grandes, a famosa mulher brasileira. Mas tinha dificuldade em usar botas, nenhuma servia nas panturrilhas, e também dificuldade para queimar a gordura das pernas”, disse. Depois que iniciou o tratamento, os problemas de autoestima diminuíram. Ana começou a fazer uso de uma suplementação prescrita especialmente para ela, com um cardápio anti-inflamatório. Além disso, a nutricionista também pratica natação e musculação. “Meu grau de lipedema é baixo, estou em grau 2, então não sinto tanto o impacto com questões sociais ou físicas quanto as meninas que tem um grau mais elevado. Porém, sou muito vaidosa e sempre treinei muito e nunca consegui ter uma perna que eu considerasse bonita de verdade. Sempre tive dificuldade para perder peso e muita facilidade para ganhar, até entender como deveria ser minha alimentação e os alimentos que eu deveria evitar para não piorar a inflamação”, finalizou. Confira os destaques do g1 g1 em 1 minuto: TCE-SP investiga contratos sem licitação da Prefeitura de Sorocaba TCE-SP investiga contratos de R$ 22 milhões sem licitação entre a Prefeitura de Sorocaba e empresas de paisagismo Dia do Comerciante: estabelecimentos centenários e de tradição familiar seguem ativos no interior de SP Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2025/07/17/lipedema-o-que-e-e-como-tratar-a-doenca-confundida-com-obesidade.ghtml


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